
Ontem fomos ver um espectáculo de dança contemporânea chamado "young People, old voices", do coreógrafo Raimund Hoghe. Um espectáculo em que Raimund Hoghe "nos faz recordá-lo durante 3 (3? Sim, 3 horas!) seguidas (mas afinal teve intervalo ao fim de 1h30). Despedaça-nos (Jura!!!). Sim, a ternura magoa, paga-se cara. É isto que nos é dito com gestos de nada (no sentido literal da palavra...), feitos no sítio certo (quem estava no sítio errado era eu...), sobre a canção apropriada (isso é que sim!!!)"
Falemos um bocadinho do Raimund (Homem de preto na imagem)! É um homem baixinho (mas não era anão) com uma crocunda assimétrica nas costas. Devido à sua deficiência, movimenta-se com dificuldade e muito devagar. Por solidariedade, todos os bailarinos (?!? nem sei se todos eram bailarinos de verdade... até havia uma rapariga gorda...) mexiam-se devagar com movimentos limitados... Nós só assistimos à primeira parte e durante esse tempo eles só dançaram, no máximo, 10 minutos.
Está muito em voga no mundo das artes o conceito de instalação, já não se fazem quadros, nem esculturas, são instalações de arte, umas "coisas" que eu considero difíceis de descrever e que por vezes até são agradáveis ao olhar. Este espectáculo de dança contemporânea foi isso mesmo, uma instalação de dança, mas não foi nada agradável!!!
É neste tipo de espectáculos que encontramos a nata pseudo-intelectual de Lisboa, que sai da sala com um ar inteligente a comentar a beleza do bailado. Get a grip!!!
A senhora da bilheteira bem me avisou... Porque é que eu não lhe dei ouvidos?!?